06/08/08

Deste estar no meu Porto querido...

Sou sem pudor o que hei-de fazer de mim...
Sou apalavrador, sou sonhador
de ser apenas porque sim.
Sou um viajante anónimo
estrangeiro de mim
sem mapas, trilhos ou sinais do obrigatório,
sou corrida, sou velocidade,
passo pequeno, tempestade, adúltero do contraditório.
Sou amante, íntimo do fortuito e da dôr,
estou longe, tão longe, sou eu o caminho que me foge
da realidade dos entretantos, do aqui pra já e do que for...
Estou no centro, na orla vermelha da chama,
no átomo, no núcleo do sempre meu mundo,
protegido pelo quente-rugoso do granito,
vivo porque me quero, porque me quero deixar ir,
lotaria opcional, guitarra das facas, passional,
de cigarro na mão e corpo mais que dorido,
sorrio a espaços e a espaços não rio
nesta janela do tempo, aqui em momento, deste estar no meu Porto querido...!!
 
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