16/01/09

De todas as leituras, de todos os traços, de todas as paisagens pintadas com cores pesadas e difíceis de esquecer, sinto que existem muitas histórias, muitas vidas, muitas construções e desconstruções, todas diferentes entre si. Aprendo que a unicidade das situações, dessas histórias e dessas vidas é real, material. Não compreendo exactamente o que me transmitem, do que falam ou sequer do que se alimentam mas compreendo que estão lá, que o corpo ganha forma aos meus olhos quando o reconheço, quando o consigo finalmente ver, que o chão tem cheiro quando o piso deitado de costas, que o toque do ar frio não é subserviente e toca com força, que a forma, o cheiro, o toque sempre estiveram lá mesmo que só agora os comece a sentir com a certeza do reconhecimento, que existem.
Muitas vidas, muitas histórias, muitos momentos, num consolo inconsolável, num carrossel que não pára de girar e cuja música não se cala.

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