21/07/08

Certo de que um dia...

Se um dia eu morresse
Queria ver pratos com salgadinhos em cima do caixão
E serpentinas verdes e amarelas penduradas no portão.
Cadeiras de plástico azuis, mesas de desmontar
E copos descartáveis de festa que não se pudessem voltar a usar.
Garrafas, garrafões, minis e canções,
Sorrisos em coro e, por vezes, grandes gargalhadas sem decoro.
Música folclórica e bailes de cem pessoas,
E rapazes e raparigas sem medo de se convidarem para conversas e noites boas.
Um padre de saias compridas e óculos no fundo do nariz
Bêbado mas sorridente, e um coveiro com uma tenda de bebidas à base de aniz.
Os putos descalços, de bola no pé, aproveitando o que restar da relva
E sevilhanas de matracas na mão e dançarinos exóticos de Huelva.
Ciganos em correria, calças e camisas de desconto na mão,
Churrascos e assados de feira e uma banda filarmónica de coreto... porque não?!

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