23/07/08

O que for...

Sinto-me, por vezes,
demasiado sozinho...
Talvez não por falha
ou incumprimento,
talvez por falta
ou má-sorte no envolvimento, no comprometimento,
mas, acima de tudo,
porque acredito nesta história de sonhos
a que me entrego
nesse sorriso que me rasga
ao som de uma melodia,
que me puxa e envolve
ao ponto do corpo se esquecer de inspirar,
dos dedos tremerem
e tudo o resto à volta parar,
acredito que,
tal como a caneta vive nas minhas mãos
quando a solto para sentir
também o propósito das coisas se arriba
e afirma
nas situações que nascem todos os dias...
Sou dubiamente empurrado a acreditar
que as decisões são o peso fulcral e terminante
desta balança em que vivemos,
provavelmente fiel ao silêncio de algo mais forte,
antigo livro de regras omnipresente,
que nunca nos avisa do acerto das escolhas,
quando, no fundo,
é na solidão do meu quarto que descubro que
os caminhos desenhados podem sempre ser lapidados
pelos acasos que nos assaltam.
...e os propósitos do amanhã,
fiéis à curiosidade dos porquês
e ao meu querido sobressalto
saberão ser o que forem...

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